De marcha Ré
Foi a São Luís e não à Nova Iorque! Lá, perdeu-se na praia, por devoção ao Boy (...) O delivery era só de amor, nada mais que isso! Aí, percebi na face míngua dela que ela me via como o bobão da corte ou trouxa, quiçá, de mente débil!
Tarde de Sol sobre aquela menina linda de espírito muito pobre, o brilho amarelo ouro era tão forte que quase cozia os olhos dela! O infinito Céu anil eu via em singela simetria daquela jovem (...) Deus, tire-me desse fatídico tédio!
Ora ora vejam só! (...) Sabadão à tarde me atira os pés no peito como se fera no cio tivesse, ao acordar pela manhã! Óbvio que hei de construir um alicerce nobre e em resposta a ela, jogarei das rosas um milhão de pétalas!
O tão zinabre da língua fez trocar uma pepita por um balaio de cheiro verde e uma cebola, como se tivesse em pesadelo, num desvio de rota (...) Após, sacou do dedo o diamante e pôs um catolé, que me trouxe cheiro fétido de chulé!
Saudade, asas de dor que nem sempre passa! De coração ferido eu vou seguindo o ar suave da primavera (...) Queira brindar da amora o doce mel e ouça o recado no coro dos pássaros na janela: "atenção! Jamais te beijar eu quero"!
Macêdo Alves
Enviado por Macêdo Alves em 10/09/2024
Alterado em 18/01/2025