Ê menino feio, arriba as calças diacho!
Doze de outubro, vejo que a vida não me foi minguada...
Ao nascer, olhei em direção ao Céu e vi que Deus estava do meu lado!
Aí pulei no colo da minha mãe arregalando os olhos!
E em espanto, ela me beijou a face e disse: "se acalme seu cabra"!
A parteira era mamãe Mercê, e ao me ver apontar nas ribanceiras,
Se benzeu e acendeu o patuá! Quando eu não queria ela puxava,
Cada tranco duas baforadas... Naquele vai e vem ou entra e sai,
E eu já encabulado, disse ela: "ôh curdiacho"!
Num rebuliço danado, raiou o dia de manhã e eu à tarde nada!
De madrugadinha, quase na boreal, fui achado entre os cacos!
Enfim, estufando o peito de alegria, cantaram o galo e o bacurau...
Aí, meu Pai e tio Chimbirra, de Pitú encheram a cara!
Nasci lindo tão quão Roberto Carlos, uns falavam...
Outros, em mimimikikiki: "ele mais parece um quatí, uma coruja ou um lapau"!
Deveria ser os palhaços... Hoje, aos 60.6 de idade, não estou ainda alijado!
Amado Cristo!!! Avé Maria cheia de Graças!